quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O mundo é um organismo vivo...

Carta do cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, a Franklin Pierce, presidente dos EUA, em 1854

A carta

“O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”
O cacique estava certo... O mundo é mesmo um organismo vivo que suportaria a nossa ausência, já nós... Não existiremos sem o mundo...
Vamos abrir os olhos, está na hora de mudarmos de atitude em relação á isso. A faculdade é bom lugar para começar...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Demorou!!!

Estava mais do que na hora de termos um lugar para "desabafar", pois a repressão à liberdade de expressão vem se tornando um lugar comum na nossa faculdade. Parece um tanto contraditório. Já imaginaram uma faculdade onde vc não pode falar o que pensa??? Acho que em alguns momentos nem pensar podemos... Vai entender...

Bom, estou feliz, pq aqui teremos um território livre de tanta leviandade, tirania, isso cansa e adoece. Quantos de nós não temos vontade de gritar que não aguentamos mais essa corda bamba, esse clima hostil? Ah, mas tem algo nisso tudo que eu até chego a invejar... Não sabem aindo do que estou falando? Pois eu lhes direi meus amigos, a cara de pau de algumas criaturas, o talento para a dramaturgia (ou seria vilania?). Gente, temos verdadeiros atores globais, pessoas que interpretam o tempo todo, aliás, as vezes tenho a sensação de estar em plena novela das oito, A Favorita, pois o que tem de Flora , nossaaaaaaaaa, é demais gente!

Mas, é como diz a letra daquela musiquinha chata (mas que todo mundo adora quando ouve para poder sair dançando um pancadão), cada um no seu quadrado.

Repito, estou feliz, por poder ter um cantinho para poder me expressar, falar do que sinto e do que penso. Parabenizo aos que tomaram a iniciativa de criar o blog. Aliás, adoro blogs rsss.


Viva a palavra!!!


Beijos !!

Simplicidade

Eu nunca fui do tipo que diz: "gosto de apreciar as coisas simples da vida", na verdade, gosto de td que me pareça novo e principalmente desafiador. Não gosto que digam que sou "boazinha", prefiro mesmo ser chamada de forte, dura... Prefiro sim ser caracterizada como inteligente ao invés de bonita. Contudo, algo me marcou ao ler o texto do Veríssimo, pois apesar do título fazer refência às coisas simples de nosso cotidiano, ele deixa claro de que na verdade é preciso saber viver da melhor forma. Ou seja, vejo que é preciso formar um contexto de hábitos que realmente lhe agrada, sejam esses simples ou não. Mas o que é simples de fato? Talvez algo seja grandeoso e inédito para uns e banal para outros. Defendo a hipótese de que não é o bem consumido ou o fato que gere uma reação, mas o cenário que esses estão inseridos. Como por exemplo, o fato de adorar ir ao cinema sozinha e curtir muito isso, contrapondo-se a fazer compras no centro da cidade, todo em liquidação, com uma amiga maravilhosa. Enfim, não é o que se possa fazer que tenha fundamentação certa, proibida ou banal, mas o que selecionamos de fato para introduzirmos em nossas vidas da melhor maneira possível.
E não deixe de ler o texto.
Sds, Caliane.
Simplicidade
Luís Fernando Veríssimo

Cada semana, uma novidade. A última foi que pizza previne câncer do esôfego. Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas, peraí, não exagere... Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal prá minha saúde. Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km. Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha. Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos! Viagens aéreas não me incham as pernas, incham-me o cérebro, volto cheio de idéias! Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago! Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder a fé no ser humano... E telejornais... Os médicos deveriam proibir... Como doem! Caminhar faz bem, namorar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. Acordar de manhã, arrependido do que fez ontem à noite, isso sim, é prejudicial à saúde. E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda. Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, guardar mágoas, ser pessimista, preconceituoso ou falso moralista, não há tomate ou muzzarela que previna! Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor prá saúde do que pipoca. Conversar é melhor que piada. Exercício é melhor do que cirurgia. Humor é melhor do que rancor. Amigos são melhores do que gente influente. Economia é melhor do que dívida. Perguntar é melhor do que dúvida. Sonhar é o melhor de tudo e muito melhor do que nada!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Conheça, comente e divulgue.

Facapeando - Blog acadêmico da Facape

Um espaço informal, destinado a análises e discussões de assuntos de interesse acadêmico da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE. Esperamos a contribuição de toda a comunidade, seja no aprofundamento nas questões que serão colocadas, seja na contribuição individual ou coletiva que esperamos receber.
Manteremos o elevado nível dos textos e das postagens, porque cremos que esse é um dos maiores objetivos desse blog.
Notícias da Instituição e comunicados oficiais serão sempre disponibilizados no Portal da Facape, que aliás, não prentendemos concorrer, afinal lá é o espaço formal e oficial da comunidade facapeana.
Participe e colabore. A Facape é maior que qualquer um que queira se valer dela para se promover ou promover alguém. A Facape somos todos nós.